domingo, 10 de julho de 2011

Review Edinburgh, Scotland - 22/06/11

Edimburgo é a incrível capital da Escócia, com pouco mais de meio milhão de habitantes. Foi a terra que inspirou a autora de Harry Potter por seus castelos, igrejas góticas e escolas assustadoras (hehehe!). Chego na cidade e achei muito estranho os pontos de ônibus terem uma proteção de vidro que impede que você entre diretamente quando o ônibus chega – é preciso acompanhar o painel digital mostrando qual ônibus está a caminho e contornar o vidro para sair no momento certo. Menos de 12h depois o mistério estava resolvido. Com um frio tipicamente escocês de 5 graus, vento e uma chuva fina constante e que chega por todos os lados (!) seria impossível ficar dentro de um ponto de ônibus sem se molhar dos pés à cabeça.


O estádio Murrayfield é muito bonito e a casa do time de rugbi local. Já na fila começo toda a mentalização para que as nuvens negras e pesadas sumam dali e emanando até vibrações do Cacique Cobra Coral, elas sumiram, por uns 5 minutos! Depois voltaram e de lá não sairam mais. Entramos no estádio e eu e Sylvia pegamos um ótimo lugar na 2 fila do Diamond Circle, bem no centro do palco. Chuva vem, chuva vai...resolvemos fazer alguns cartazes pra passar o tempo e desestressar.

Quando finalmente começa a intro e a banda sobe pra tocar os primeiros acordes de Blood on Blood tenho uma visão impressionante: ver o Jon se preparando pra subir o palco. Com o palco alto e o dia ainda claro deu pra ver ele saindo do quick change. Parou na escada, sozinho, super concentrado, olhando pra baixo. Naqueles segundos que mais pareceram uma eternidade deu pra sentir a tensão de um lutador que ia entrar no ringue. Foi a banda pisar no palco e a chuva, sempre pentelha, começou a cair.

Richie super fashion com um cachecol, Jon com aquela proteção no joelho e o pit inteiro com capas de chuvas...afe, aquela ia ser uma longa noite. Eu nunca ia imaginar que meu sonho de ver a tour no verão europeu ia acabar por água abaixo na fria Escócia, com Jon machucado e o Richie voltando de outra rehab. Mas o ingresso sempre diz: chova ou faça sol. The show must go on.

Já no começo o Jon ironiza: uma noite de verão na linda Escócia! Preparem seus protetores solares...eu ouvi dizer que os raios da lua podem ser prejudiciais! Não se preocupem, se precisarem de ajuda pra espalhar o protetor, eu estou aqui! I don’t care for a little rain!!! Ai eu também relaxei e resolvi que aquela maré toda de azar não ia me afetar (eu vinha de 2 semanas em Portugal e Espanha num calor senegales. Andei tanto que detonei meus calcanhares, pernas e lombar. Tava na base do dorflex e aquele vento gelado era tudo que eu não precisava pois fazia doer cada parte do meu ser.)


Ver o Richie de volta é uma sensação indescritível de alívio. Não há Bon Jovi sem ele. Ponto. Ele está bem mais magro, focado e interagindo menos. Parece um pouco mais introvertido e sempre tentando se concentrar pra não errar. Depois de cada solo os fãs (principalmente do DC) o aplaudem muito. Ao ponto do Jon olhar pra gente e concordar com a cabeça. No fundo ele também sabe que não há BJ sem Richie.


It’s pretty cold for late December...From New Jersey to Edinburgh! (JBJ)

Quando o Jon começa a mudar a letra das músicas é um ótimo sinal de que ele tá curtindo o show e quer se divertir. E não deu outra. Resolvo mostrar as plaquinhas impermeáveis (siiiiim, minhas plaquinhas agora são à prova de chuva, hahaha!) e a interação com o Jon tava garantida. Pedi Lie to Me, These Days, Something for Believe in (Julieeeee, mega reciclei nossos cartazes de Vancouver, LOL! O Jon olhou pro banner e disse: I can do that one! Aaaaaaaaaah, fala sério! Quem quiser ler este relato de Vancouver, clique aqui.).

Toda vez que eu pedia uma música ele apontava, dava um sorriso ou uma piscada, ele interagia. A melhor hora foi em Bad Medicine. Eu e Sylvia resolvemos provocá-lo um pouquinho com a pergunta abaixo.


Ele deu risada, ficou apontando alteradamente pros banners e fez um sinal perguntando: duas? E nós: yeeeeeees! Veja no vídeo abaixo, a partir de 1:25, vale a pena ver até o final. “I like what I see, I like what I hear...it must be the pain medicine kick it in...I need a nurse! Or at least someone that dresses like a nurse! Ai ele aponta pra um cara na front row: not you! Definitely NOT YOU! E cai na risada. I like it…I like it… I like it so much that I want to do it again!



Can we move to Scotland? This is my new house! (JBJ)

Ai a mágica dos requests começou a funcionar! Por conta do joelho ele não usou a rampa nesse show. Ganhamos Wild is the Wind e Jon apontou pro banner da Sylvia dizendo que ia tocar uma música do álbum New Jersey.



No final ele olhou novamente e ficou esperando os aplausos. Chega a hora do bis e os acordes de Something to believe in ecoam no estádio...Jon subiu as escadas e apontou direto pro meu cartaz. Oh, Lord...impressionante como isso desestabiliza qualquer resto de racionalidade que havia no meu cérebro. Tentei gravar e tirar fotos e não conseguia, minha mão tremia demais. Resolvi desencanar e curtir, que alguém deveria gravar isso. Youtube rocks! :)



O frio piora, a voz dele está super anasalada, a banda atravessa a música de forma estranha, nem 10% do público conhecia Something to Believe in...nada disso importa. Foi perfeita.
E pra finalizar esse show inesquecível, mais um request atendido: These Days.



Jon olhou cada pessoa no Pit e cantou mudando a letra:

From a second storey window, his knee popped and closed his eyes
He said "Mama, I must be crazy"
And she said "Jonny, you gotta try"
Don't you know that all our heroes died

Ter requests atendidos é a prova de que esta banda é tão devotada aos fãs quanto nós somos devotados a eles.




To be continued...next stop Manchester!

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