domingo, 17 de julho de 2011

Shows imperdíveis, que eu perdi - 3

#3 - Bristol, UK 2011

Este foi um show anunciado depois das datas de UK e cheguei até a cogitar ir, mas me custaria passar correndo por Londres apenas pro show do Hyde Park, sem tempo pra curtir a minha cidade predileta nesse planeta. Com o agravante que minhas amigas Faby, Leila e Sylvia tinham decidido ficar lá passeando. Ao menos que você viaje de jato particular (como é o caso da banda), acompanhar vários shows na Europa é um perrengue master. Tipo pra quem já está no estágio avançado de fã, sabem?! Risos. Exige um preparo físico, mental e financeiro absurdo. Dessa vez eu fiz 5 shows em 3 países diferentes em 9 dias. Contando que eu ficava, em média, 12 horas no estádio nos dias dos shows, o resto do tempo você arrasta o que sobrou do seu corpo pro show seguinte!

Mas se eu pudesse voltar no tempo, eu certamente repensaria. Diferente do que imaginei (show ressaca pós Hard Rock Calling), eles tocaram um setlist dos sonhos em Bristol. Abriram com Happy Now, Just Older, Livin in Sin e...Letting you Go. Minha Nossa Senhora de Nova Jersey! Eu ia empacotar se ouvisse essa música. Mas, terei que me contentar com a melhor memória que tenho do show de Curitiba em 1995, na Pedreira Paulo Leminski. Quem tava lá sabe do que tô falando. Aquele lugar, aquela melodia. Foi mágico.


A parte boa da história é que eu não fui, mas o Júnior foi e escreveu uma review bacanérrima. Valeu Júnior! Adriana Barreto e Carol Bongiovi tb foram testemunhas desse show fenomenal. A melhor parte de você seguir sua banda preferida é poder compartilhar os melhores momentos da sua vida com gente bacana. E nesse quesito I'm very lucky person! :)

Eu, Jr e Carol em Manchester

Segue a review abaixo...enjoy!

Review – Bon Jovi – Bristol (27-06-2011)

Três horas de show, uma banda extremamente animada e Richie Sambora como nos velhos tempos se mexendo no palco, correndo e dando um show a parte. Assim foi o sensacional show do Bon Jovi no Hyde Park, no dia 25 de junho de 2011, com 65 mil testemunhas. O melhor show que vi na vida.

Qualquer banda que faz um show memorável e especial geralmente desacelera no próximo, vai com mais calma, mas nesse caso não, afinal não se trata de qualquer banda. Eu sabia disso e assim fui para Bristol, onde teve início a minha saga para chegar ao estádio.

Relembrando hoje é até engraçado, mas na hora não foi nem um pouco e quase perdi o show. Peguei o ônibus em Londres, num calor de 40 graus, e pouco antes de sair do ponto o motorista anuncia que devido a um problema interno o ar condicionado não estava funcionando e não tinha como abrir as janelas...

A galera foi ao delírio! Afinal, ninguém informou que além da passagem todos tinham direito à sauna grátis...
As duas horas e meia previstas de viagem viraram quatro! E eu estava muito preocupado, pois a tenda do Backstage fechava às 18h00, e era lá que eu tinha que pegar meu ingresso.

Desci do ônibus às 17h50 no centro da cidade e peguei um táxi correndo. O motorista era árabe e não falava inglês muito bem, então imagine como foi minha comunicação com ele...
Não andamos nem cinco minutos e o táxi literalmente parou num dos trânsitos mais loucos que já vi na vida e chegamos a ficar 15 minutos sem andar um único metro, que me fez ter uma idéia brilhante: desci do táxi e saí correndo no meio dos carros sem saber onde estava indo, desde que não houvesse trânsito... olha só o que essa banda é capaz de fazer com a gente, deve ter sido lindo...

Bem longe dali tive que literalmente me jogar na frente de um outro táxi no meio da rua para ele parar, já que estava completamente perdido, e aí sim consegui ir ao estádio. Só para registrar, o taxista era, digamos assim, meio porco, e nunca entrei em um carro tão sujo quanto aquele e tive que sentar em cima de várias chips “verdes”... foi memorável!

Quando cheguei lá o pessoal do Backstage já estava colocando a tenda no caminhão para ir embora. Expliquei o que aconteceu e me atenderam muito bem. Chamaram algumas pessoas e meu ingresso chegou rapidinho. A equipe que estava lá em todos os shows sempre foi muito bacana.

Logo que pisei no Diamond Circle vi a minha amiga Adriana na primeira fila do Gold Circle e só deu tempo de cumprimentá-la, pois a introdução do show já tinha começado a rolar. O estádio estava lotado com 30 mil pessoas, mas era um pouco menor que os outros locais dessa tour.
E é nessas horas que pode-se constatar porque realmente o Bon Jovi é diferente, único. A banda entrou com “Happy Now”, uma das minhas preferidas do The Circle e a reação do público me surpreendeu, pois muita gente cantou junto com o Jon. Dava pra ver na cara dele que estava bem e se divertindo, e quando isso acontece é bom se preparar porque vem coisa boa por aí...

Menor que os outros shows que assisti nessa tour (foram “apenas 22 músicas”), mas não menos empolgante, Jon logo avisou que parecia que estava em “férias de verão” e que seria uma “request night”...

A segunda surpresa veio com “Just Older” e foi emocionante ver Jon e Richie cantando juntos no mesmo microfone. Richie ainda fez caretas para o Jon rir enquanto cantava e foi muito engraçado ver uma banda com quase 30 anos de estrada se divertindo no palco. Como isso é raro no rock ‘n roll...


Jon também brincou muito com o público, chegando a falar diretamente com algumas pessoas. E um desses momentos vai ficar marcado para sempre na minha memória: ele viu a placa de uma garota pedindo a raríssima “Living In Sin”, fez uma brincadeira e falou; “vamos atender esse pedido!”. Infelizmente a banda deixou de tocar “I’ll Be There For You”, mas para mim foi de arrepiar e por isso o show de Bristol sempre vai ser especial. Era a música que eu mais esperava ouvir.
E a festa continuou com “In These Arms”, outro grande momento da noite, além de “Have A Nice Day”, que levantou todo o público, e “Keep The Faith”, que encerrou o set.

A hora do bis em um show do Bon Jovi é sempre a mais esperada, pois nunca se sabe o que eles vão tocar: pode ser um sucesso comum ou um b-side obscuro e em Bristol não foi diferente. A banda voltou com “Someday I’ll Be Saturday Night” e desenterrou “It’s Hard (Letting You Go)”, quando no final Jon soltou a frase “Maybe not perfect but...”.
Mas não se preocupe Jon, para mim e os outros 30 mil fãs presentes, ela foi perfeita, assim como toda a noite que vai deixar saudades de ver a melhor banda de rock ‘n roll detonando no palco. 


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